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Fernando Pessoa
Pesquisando matérias e Blogs interessantes, encontrei essa Pérola de Fernando Pessoa e trouxe para compartilhar com todos nesta Galeria de maravilhas! 
Os textos de Fernando Pessoa são carregados de simbolismo, enigmáticos, é como se o autor utilizasse as parábolas. Na poesia "Deus usa a solidão”, observa-se que ele contrasta palavras e expressões levando o leitor a um momento de reflexão. A sequência de palavras com significados contrário observado em cada verso, faz com que o leitor faça uma retrospectiva interior antes de dá importância a algumas situações da vida desconsiderando outras. O autor estabelece uma relação entre as palavras com o intuito de transmitir uma mensagem como se fosse um mensageiro do divino.
Confira esta singela adaptação da Poesia feita pelo Pro Littera:



Deus costuma usar a solidão
para nos ensinar sobre a convivência. 

Às vezes, usa a raiva, 
para que possamos compreender 
o infinito valor da paz. 

Outras vezes usa o tédio, 
quando quer nos mostrar a importância da 
aventura e do abandono. 

Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar 
sobre a responsabilidade 
do que dizemos. 

Às vezes usa o cansaço, 
para que possamos compreender 
o valor do despertar. 

Outras vezes usa doença, 
quando quer nos mostrar 
a importância da saúde. 

Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar 
sobre água. 

Às vezes, usa a terra, 
para que possamos compreender o valor do ar. 

Outras vezes usa a morte, 
quando quer nos mostrar 
a importância da vida". 

Fernando Pessoa


Na poesia apresentada acima o autor não se prende a rimas, mas observa-se a preocupação de Fernando Pessoa em mostrar que o que parece ter uma força negativa na vida do ser humano pode ser considerado um elo na busca das coisas positivas.
No primeiro verso ele aborda a solidão como um atributo indispensável para lembrarmos a importância de viver em comunidade. Fala da importância do sentimento de raiva que nos remete o como é bom viver em paz. Nos versos a seguir o autor ainda aborda o quanto o silêncio constitui uma oportunidade de reflexão, ou seja, uma retomada para as coisas que deveriam ser bem pensadas e analisadas antes de falarmos. E assim o autor segue usando as expressões com sentido contrário com o propósito de mostrar ao leitor que não se deve atribuir maior juízo de valor a determinadas coisas em detrimentos de outras igualmente importantes.
Tenho profunda admiração por Fernando Pessoa!  

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